As minivans Citroën C4 Picasso e Grand C4 Picasso ainda são produtos recentes no mercado brasileiro. Vêm importadas de Vigo, na Espanha, desde 2009 e estão marcando território por aqui. No ano passado foram 4.400 emplacamentos. Neste ano, acompanhando o embalo do crescimento de 21% da marca francesa em 2010 no Brasil, a divisão nacional quer por nas ruas mais 6.600 unidades da linha 2012 dos modelos familiares e com isso garantir 40% do nicho. Para alcançar essa meta, o carro traz algumas novidades no visual externo e na cabine.
Porém, não espere encontrar um novo C4 Picasso na loja. As mudanças são sutis e podem ser contadas com os dedos de uma mão. A grade frontal foi levemente redesenhada para se adequar ao novo logotipo com os dois chevrons da Citroën, as lanternas na traseira ficaram mais escuras, o tecido dos bancos é diferente e a versão Grand ainda vem com faróis de led. Fora isso, o carro continua o mesmo desde a linha 2009, parafuso por parafuso. Já os preços subiram: no modelo menor o valor subiu R$ 1.500, começando em R$ 78.490, enquanto o Grand C4 ficou R$ 2.069 mais caro e agora parte de R$ 91.990.
A Citroën justifica o aumento nos preços com o controle de ar-condicionado digital para os bancos traseiros e as novas rodas aro 17”, que substituem o jogo de 16” do modelo anterior. No conjunto mecânico também nada de novo. Continuam o motor 2.0 a gasolina de 143 cv a 6.000 rpm e 20,4 kgfm de torque a 4.000 rpm, enquanto o câmbio automático segue com as mesmas (e poucas) 4 marchas. Uma caixa de 6 velocidades, algo que a Citroën já oferece em algumas versões do C4 Picasso na Europa, seria mais apropriado ao carro. Ainda com essa deficiência, o conjunto é bem sincronizado e possui trocas suaves, que podem ser realizadas por meio de borboletas atrás do volante multifuncional e com cubo fixo.
Carro de mãe?
O C4 Picasso tem posição de dirigir alta, os comandos de condução são leves e o interior é amplo e com uma série de porta-objetos de formatos e tamanhos diferentes. Tais características são elementos muito procurados pelo público feminino, que não por acaso responde por 55% das compras do carro, nas contas da Citroën. Mas antes de sair dirigindo, seja homem ou mulher, é preciso estar atento a alguns detalhes diferentes do veículo. A alavanca do câmbio, por exemplo, é na parte de cima da coluna de direção (como nos antigos Chevrolet Opala, para os saudosistas), e o freio de mão é um botão no alto do painel.
Em poucos segundos dentro do carro percebe-se sua real aptidão: carregar famílias, e das grandes. No C4 Picasso são 5 lugares, enquanto a Grand tem espaço para mais dois, que viajam nos bancos escamoteáveis no porta-malas. É até sem graça andar nesse carro sozinho. Falta nele uma companhia ao lado e a criançada se descabelando nos bancos de trás. E a sensação de dirigi-lo também é totalmente única com seu para-brisa que proporciona uma visibilidade de até 70° para o alto. Tem-se a impressão de que não há a vidro a sua frente.
A modularidade também é outro destaque da linha C4 Picasso. Nas duas versões, os porta-malas têm diferentes modos de configuração, que variam a capacidade de carga de 490 litros (bagageiro normal do C4 Picasso) a 1.951 l (Grand C4 Picasso com os assentos traseiros rebatidos. Os bancos traseiro podem correr mais para frente ou então ter os encostos rebatidos individualmente. De fato sobra espaço. O modelo menor ainda vem com um carrinho de mão encaixado na lateral do bagageiro. Há também uma lanterna portátil no compartimento, que é recarregada em seu próprio slot na cabine.
Carro para a família
Se depender dos raros representantes do segmento das minivans (a Chevrolet Zafira lidera) no Brasil, é possível que falte C4 Picasso no final do ano. Sem um rival a altura de seu capricho visual e tecnológico, o modelo da Citroën ainda agrada seus consumidores com uma boa posição de dirigir, embora seu desempenho não empolgue, até por que esse não é intuito. Mas o carro vem muito bem equipado para o uso familiar. Há mesas tipo avião para quem viaja atrás e o grande compartimento refrigerado no painel é a cereja do bolo para quem buscava versatilidade.
Fonte: iGCarros
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